As pessoas são como flores…

Quando a gente menos espera somos um compêndio de sentimentos. Um buraco fundo, não preparado, mas que recebe uma turba d´’agua, uma cachoeira. E esta são os sentimentos. Somos formados pela raiva, medo, ódio, orgulho, paixão, encanto, alegria, assombro, festividade, luto, guerra, leveza, graça, perdão. Somos traspassados por experiências, cicatrizados por elas. As pessoas, são elas as responsáveis por tais experiências. Nós também, fazemos isto a nós mesmos. De formas boas, outras não tão boas. Outras terríveis e nos resta chorar.

Sim eu choro. Não sei exatamente o por quê, não me lembro, mas choro. E não me envergonho disto. Sei que acho bonito chorar. Às vezes penso nele como uma poesia, assim como um sorriso ao por do sol. É assim que o coração canta. E sempre há esperança de alguns dedos tentarem secar seus olhos molhados, e de uma voz sussurrando “está tudo bem, vai ficar tudo bem”.

Eu não tenho certeza, mas os homens parecem flores – são vidas frágeis. Qualquer um pode pisar e acabar com elas. Ou cheirá-las e encontrar perfume. Há uma escolha aí. Eu escolho como tratar as pessoas e escolho ser vulnerável a elas. Novamente estarei diante de um turbilhão de sentimentos. As escolhas certas irão regar a flor e a medida da raiva, do medo, do ódio, do orgulho, da paixão, do encanto, da alegria, do assombro, da festividade, do luto, da guerra, da leveza, da graça, do perdão, será dosada – quase um filete, apenas a regar. Agora o soluço se foi. É bem provável que eu pare de chorar a qualquer momento. Só não gostaria de esquecer a lição.

[Texto que “vomitei” depois de assistir “As Vantagens de Ser Invisível”. Bom filme!]

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