Foto: sxc.hu
Gosto dessa sensação meio adocicada. Gotas transparentes de orvalho que refratam arco-íris ao nascer do sol. Um sorriso tímido em uma pele branca, um pouco rubro de vergonha. A sensação de alegria, na velocidade dos galopes de cavalos selvagens, em uma colina totalmente verde aveludada. Sentimento aconchegante, como o calor de uma lareira em tempo de frio, acompanhada de um edredom, um chocolate quente e um bom livro. A emoção de um cobertor de estrelas, de fundo negro, meio azulado, e canção de uma lua que sorri para o mundo, que dorme em silêncio ao seu brilho. É a sensação sublime de experimentar um pedacinho do dom perfeito, que expressa a perfeição de seu criador. Melhor do que paixão, que é avassaladora, assim como o tempo de sua permanência (passageira paixão), é a serenidade do amor que cai cálido por sobre os homens e seus sonhos. É eterno, apesar de não saber aqueles que chegam a experimentá-lo. Pensam estes que tal sentimento vem apenas embrulhado em papel de seda, num tom de anil. No entanto, é bem capaz que venha amassado algumas vezes, até sujo ou empoeirado. Apesar disso, se olhado bem de perto, a imperfeição de sua capa não desvanece a perfeição do conteúdo e a eternidade de seu poder, de sustentar o mundo com um suspiro. Por esse sentimento que inspiramos e vivemos inspirados a degustar apenas parte do sentimento sublime. Sublimação, que te leva ao infinito, mesmo quando em dor, com este sentimento, é possível encontrar Deus.
Deixe seu comentário clicando aqui